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Disseram sobre Monteiro Lobato...




"Monteiro Lobato pertencia a essa rara família de profetas e poetas, que condensam, de súbito, para um momento e um povo, a sua própria essência espiritual." Anísio Teixeira

"A lição maior de Lobato é a sua própria e tumultuosa riqueza humana. Creio mesmo que dentro de vinte anos ele estará incluído nos manuais de história e cultuado na memória do povo, como uma espécie de herói civil da literatura". Carlos Drummond de Andrade

"Não vejo razão para não continuar considerando Monteiro Lobato como uma das muitas lendas maravilhosas inventadas por ele próprio. A lenda dum homem dinâmico num país apático; de um homem vivo num povo cuja maior parte está semimorta porque tem sido abandonada, porque vegeta subalimentada, sem escolas, sem hospitais, sem nada; dum homem de espírito a bradar revoltado em meio da mediocridade ou da indiferença." Érico Veríssimo

"A Lobato deve muito o Brasil. Em primeiro lugar o exemplo magnífico e raro do intelectual que não se vende e não se aluga, não se coloca a serviço dos poderosos ou dos sabidos. Depois, foi ele um homem de ação e um descobridor. Devem-se a ele a campanha do livro e a campanha do petróleo. Foi ele o criador da nossa literatura infantil" Oswald de Andrade

"Lobato nunca fez literatura por literatura. Poucos escritores botaram tanta intenção, tanto sofrimento, tanta preocupação, tão sério amor, nos seus livros e nos seus artigos, como o fez ele, em sua literatura combativa e tantas vezes combatida" Orígenes Lessa

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Alice no País das Maravilhas

Mais uma boa dica para trabalhar a literatura é indicar a leitura de Alice no País das Maravilhas; mais especificamente a tradução de Monteiro Lobato da obra de Lewis Carroll.

Autores: Lewis Carroll

Coleção: Clássicos Nacional

Literatura Juvenil
Tema transversal: Pluralidade cultural
Obra indicada a partir de 11 anos

Resenha Clássico da literatura, relata a movimentada viagem de Alice pelo País das Maravilhas, onde encontra uma série de personagens inusitados e em situações insólitas, terminando em um julgamento sem sentido. O sabor da leitura reside no ludismo verbal e no humor nonsense, que recheiam a obra.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Pré-sal (?!)

Imagem extraída de: http://3.bp.blogspot.com

     Se você está antenado nos acontecimentos recentes, já deve ter ouvido falar sobre a maior descoberta de petróleo, no Brasil, que foi feita recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, e cuja briga pelos Royalties é motivo de grande polêmica.
      Mas, o que você não sabe é que uma situação muito parecida já aconteceu no passado, guardadas as devidas proporções no que se refere à agressão ao meio ambiental. Quando Monteiro Lobato chefiou um movimento de mobilização nacional em torno do tema, o lema consagrado de "O petróleo é nosso", que reivindicava para o país o direito de explorar recursos como petróleo e minérios. Monteiro Lobato teve uma militância política e institucional extremamente intensa em sua vida e nunca se furtou de guerrear, se necessário fosse, pelos direitos dos brasileiros, mesmo que tal nacionalismo o levasse à prisão, como o levou injustamente em 1941. 

     Para saber mais sobre as semelhanças e diferenças entre esses dois assuntos, recomendamos a leitura dos livros "O escândalo do petróleo e do ferro" e "O poço do visconde" e, também, da página da Petrobras que explica bastante sobre o que é o Pré-sal.
     
Para ler a página da Petrobras, clique no link abaixo:

sábado, 6 de novembro de 2010

Lobato formando críticos: racismo, política e novas tecnologias


      "O Presidente Negro ou O Choque das Raças", obra lobatiana editada em 1926, é um romance adulto de ficção científica que aborda temas como a política, as novas tecnologias e o preconceito racial.      
      A Eugenia - ciência que estuda condições mais propícias para reprodução e melhoria da raça humana - com seus parâmetros duvidosos de perfeição racial e uma carga de preconceitos explícita é o assunto central da obra que se passa no futuro, no ano de 2228.
      O "Presidente Negro" vencendo a eleição contra uma feminista e o presidente da situação fez com que muitas especulações surgissem a respeito no final do ano de 2008 quando os Estados Unidos elegeram um presidente negro em circunstâncias muito parecidas.
     A obra representa um instrumento capaz gerar discussões pertinentes à nossa sociedade, colaborando para a ampliação do conhecimento e para a formação crítica dos leitores...


     Ainda sobre o tema racismo, recomendamos a leitura do livro “Negrinha”, uma coletânea de 22 contos publicada em 1920. Nela, temos o dramático conto "Negrinha", que também sugere discussão sobre racismo e relações desiguais.

      Leiam também o artigo de Marisa Lajolo: A figura do negro em Monteiro Lobato.
   
Adaptado do artigo: Monteiro Lobato e O Presidente Negro dentro da sala de aula
Disponível em:

A prisão de Monteiro Lobato em 1941

Na homepage da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (AOB), o internauta encontra informações e detalhes interessantes sobre a trama policial armada pela ditadura Vargas, que levou Monteiro Lobato à cadeia em 1941 e a atuação de seus advogados para libertá-lo.


Os interessados em conhecer o teor do documento poderão acessá-lo clicando aqui.


Fonte: http://www.projetomemoria.art.br/

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A mitologia grega na obra de Monteiro Lobato

  
Lobato tinha o dom de, através de seus escritos, ensinar sobre os mais diversos assuntos, de um modo nada maçante (ao contrário: de modo prazeroso, sem jeito de lição). Foi assim com a Mitologia Grega. Aprende-se muito sobre a Grécia antiga ao ler O MINOTAURO e OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES.
E o que dizer das AVENTURAS DE HANS STADEN? Quantos tinham conhecimento das peripécias e aflições pelas quais este alemão passou em “terras brasilis” durante o século XVI antes de ler Lobato?
O escritor foi pioneiro na literatura paradidática, ensinando gramática, história, geografia e matemática, de forma divertida.

Minotauro é uma das mais conhecidas figuras da mitologia grega.

O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror.
Neste livro desenrolam-se as aventuras de Pedrinho, do Visconde e da Emília na Grécia Heróica, para onde foram em procura de tia Nastácia. Acontecem mil coisas, e afinal descobrem o paradeiro da negra, graças à ajuda do Oráculo de Delfos. Estava presa no Labirinto de Creta, nas unhas do Minotauro! Mas tia Nastácia já havia domesticado o monstro, à força de bolinhos e quitutes; deixara-o tão gordo que os meninos puderam entrar no Labirinto e salvá-la sem que ele, espapaçado no trono, pensasse em reagir... (1937).

Fontes:
Wikipédia
http://lobato.globo.com/biblioteca_InfantoJuvenil.asp#minotauro
Imagens extraídas da Internet

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Urupês: obra alegórica de Monteiro

      Urupês, livro composto de doze histórias baseado no trabalhador rural paulista, foi uma das obras de Monteiro Lobato que mais suscitou polêmica, por seu caráter alegórico e representativo, seu aspecto contemporâneo resultou em grande repercussão social. Simboliza a situação do caboclo brasileiro, abandonado pelos poderes públicos às doenças, principalmente a Ancilostomose (ou Amarelão), ao atraso e à indigência. No conto "Urupês", Monteiro Lobato personifica a figura do caboclo, criando o famoso personagem Jeca Tatu, apelidado de urupê (uma espécie de fungo parasita). Vive e “vegeta de cócoras”, à base da lei do menor esforço, alimentando-se e curando-se daquilo que a natureza lhe dá, alheio a tudo o que se passa no mundo.
      Segundo a pesquisadora e professora Marisa Lajolo, em entrevista à revista eletrônica Comciência:
“Com o Jeca, Lobato trás à tona a sua preocupação com o problema de saúde pública no país”.
      Como veem, numa tentativa de incutir no leitor o senso crítico, Monteiro empunhou a bandeira do progresso social e mental de nossa gente.

Para saber mais, leia os artigos:  

Quem foi Hans Staden?


      Pouca gente conhece a história do alemão Hans Staden, que esteve no Brasil no século XVI - o grande século das navegações -, mais precisamente no litoral fluminense, em 1554, e foi capturado por índios antropófagos - Tupinambás, livrando-se por pouco, de ser devorado por eles.
      Mais tarde - já de volta a seu país de origem - Hans Staden escreveu um livro de crônicas de viagem relatando a experiência vivida no Brasil (Wahrhaftige Historia, editado em Marburg em 1557).
      “Hans Staden: meu captiveiro entre os selvagens do Brasil” foi publicada em 1926 e inaugurou a Companhia Editora Nacional, editora de Monteiro Lobato que viria a ser a pioneira das editoras modernas do Brasil. 
      Monteiro Lobato, prestando mais um serviço à história, preparou uma versão adaptada ao público infantil e publicou "As aventuras de Hans Staden". Em vídeo, um episódio de Memórias da Emília também trás a história adaptada deste sobrevivente do canibalismo.
      O filme "Hans Staden" ( inspirado no livro de Hans Staden), de Luíz Alberto Pereira, foi produzido em 1999. Veja o trailer disponível no Youtube: